sexta-feira, 5 de junho de 2009

Puna o adolescente de hoje, e forme o homem de amanhã!

MINHA OPINIÃO SOBRE ESTA REPORTAGEM DO CORREIO BRAZILIENSE: Eu me pergunto porque a coisa chega a este ponto, os exemplos abaixo são subscritores de problemas seja na classe baixa, seja na classe média, do desrespeito dos jovens de hoje: a) se os governantes do país não são exemplo de moral e dignidade, em quem os alunos vão se espelhar? b) O "custo-prejuízo" é desproporcional, hoje em dia um garoto dá uma facada, esmurra alguém, e no máximo tem uma queixa policial registrada na DP, ou seja, talvez valha à pena machucar, causar um mal grave a alguém, porque a punição - isto, quando há - é muito branda; c) Os filhos de hoje são em parte, resultado dos pais, se estes já são desajustados (o pai que bebe, a mãe-solteira que tem uma penca de filhos, etc.), que dirá seus descendentes? d) Sistema penal do país, deteriorado. Sob o pretexto de que não há vagas no sistema prisional, somente é punido e detido o indivíduo que comete crimes, mais do que graves...

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CORREIO BRAZILIENSE: Professores trabalham sob clima de tensão em escola de Ceilândia*A atuação de gangues, a presença constante de traficantes e as ameaças de morte viraram rotina para os professores do Centro de Ensino Fundamental 11, em Ceilândia Sul. Estudantes da escola usam a violência para intimidar os docentes e, assim, evitar transferências para outros colégios. Os ex-alunos se juntam ao grupo para levar o pânico ao colégio. Esta semana, um adolescente de 14 anos ameaçou um professor com uma faca depois de ser repreendido em sala de aula. Além das agressões verbais diárias, o terrorismo contra os funcionários se estende para a internet. Em um site de relacionamentos, um grupo de alunos fez uma enquete para saber de que forma os adolescentes matariam uma professora. As respostas assustam e chamam atenção para o nível de agressividade dos adolescentes.O problema é antigo, mas os casos recentes deixaram a equipe do colégio aterrorizada. Os funcionários registraram ocorrência na Delegacia da Criança e do Adolescente, em Taguatinga, e acionaram o Sindicato dos Professores. Ontem, pela primeira vez, uma dupla de policiais militares fazia a segurança da porta da escola. O temor é que o patrulhamento seja apenas provisório.As vítimas das ameaças têm medo de aparecer e só aceitaram dar entrevista com a condição do anonimato. Eles contam que adolescentes envolvidos com gangues esperam professores na porta da escola para intimidá-los. Na semana passada, uma docente chegava a pé quando foi abordada por um ex-aluno, de 14 anos. “O garoto dizia que eu tinha que pagar por ele ter sido transferido e apontou para um grupo grande de rapazes, que faziam parte da gangue dele”, conta uma das vítimas.O grande temor é que as ameaças se transformem em crimes. “Eles chutam o portão, batem nos nossos carros e ficam na frente da escola para bloquear nossa saída. Todos os professores estão trabalhando sob pressão e com medo”, explica outro docente.*Facão*O caso mais grave aconteceu na última terça-feira, quando um adolescente de 14 anos, aluno da 5ª série do ensino fundamental, tumultuava a aula. O professor repreendeu o estudante por seu mau comportamento e, logo depois, o garoto começou a xingá-lo. O docente expulsou o jovem indisciplinado da classe e determinou que ele fosse à direção. O aluno fugiu do centro de ensino. Ao deixar o colégio, por volta das 18h, o professor se deparou com o aluno. “Ele colocou a mão na cintura e me mostrou uma faca. Disse que me mataria se eu me metesse com ele. O pior é que chamamos a mãe do rapaz à escola e ela relatou que não tem controle sobre o filho porque ele é dependente químico”, afirma a vítima. “É preciso que haja uma intervenção, antes que tenhamos uma tragédia”, pediu o docente.Os 800 estudantes do Centro de Ensino Fundamental 11 de Ceilândia têm entre 10 e 17 anos e a maioria apresenta grave distorção entre a idade e a série em que deveriam estar matriculados, por causa da repetência.*Uma integrante da direção descobriu na semana passada uma comunidade no Orkut em que alunos discutiam formas de matá-la. “Eu daria uma voadora e, quando ela caísse, pisaria na cabeça até começar a sair pedaços do cérebro”, diz um garoto, aparentando 13 anos. “Eu esquartejava essa rapariga”, ameaça. “Eu descarregaria uma pistola na cabeça dela”, diz outro comentário. As páginas foram impressas e encaminhadas à polícia.**Envolvidos*O delegado-chefe da DCA 2, Francisco Antônio da Silva, garante que os agentes vão investigar o caso. “Costumamos receber casos de professores ameaçados e agredidos. Com relação ao CEF 11, vamos ver se a acusação procede e trabalhar para identificar envolvidos”, explica o delegado.Na Secretaria de Educação, os técnicos adotam ações repressivas e preventivas. Em Brazlândia, há pouco mais de duas semanas, a secretaria teve que acionar a PM para controlar ameaças de alunos transferidos de uma escola. “Solicitamos à PM que fosse feita uma operação e a situação já está sob controle. O mesmo será feito com relação ao CEF 11”, explica o assessor especial para Políticas de Promoção da Cidadania da Secretaria de Educação, Abílio Naddolene. Ele destaca que o foco do trabalho é atuar na prevenção da violência, capacitação de professores e divulgação da cultura da paz.*PM detém 18 menores com drogas e bebidas na Asa Norte*Eles deveriam estar na sala de aula. Mas, em vez de livros, 18 menores portavam drogas e bebidas alcoólicas no bloco I da 411 norte, na manhã desta sexta-feira (5/6). Flagrados pela Polícia Militar, o grupo com idade entre 11 e 16 anos estava próximo a um colégio em horário escolar e, alguns deles, uniformizados.Os adolescentes estavam acompanhados de três maiores de 18 e 19 anos. No local, eles fumavam cigarros de maconha e narguilé (um tipo de cachimbo que utiliza água), além de consumirem misturas de Vodka com outras bebidas. Todos os envolvidos foram levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).*Narguilé*O costume indiano que tem tomado conta das festas de jovens e adolescentes do DF, o narguillé, apesar de parecer inofensivo, é mais prejudicial do que o cigarro. “Uma tragada equivale a 10 cigarros. Após quatro rodadas, eles ficam dependentes”, explica o coordenador do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Saúde do DF, Celso Rodrigues.O preço de um narguilé pode variar entre R$ 30 a R$ 300. Rodrigues explica que as pessoas acreditam que como a tragada passa por cima da água e ela fica com cor de café acontece uma purificação. Mas, apesar de permanecer aromas de morango, baunilha e chocolate nos lábios, a nicotina não fica na água. “Faço um alerta aos pais para esclarecerem isso aos seus filhos. Verificamos também a possibilidade de se criar uma lei no DF proibindo o naguillé”, diz. /Colaborou Cecília de Castro/