sexta-feira, 19 de março de 2010

GDF sofre "ataques oportunistas" de servidores (ESCRITO POR VLAD)

Reza a máxima na política do "É dando que recebe", ou seja "Dá-me apoio político e eu encho o seu bolso".

Recentemente, o governador interino, Wilson Lima, tem sido criticado pela mídia, por conceder reajustes a diversas categorias (DETRAN, METROVIÁRIOS, BOMBEIROS-PM) que já recebiam razoavelmente bem.

A PERGUNTA É: porque está a fazer isto?

1)Seu mandado é tapão, ficará por poucos meses, logo, não arcará com o rombo nas finanças públicas, deixará a herança maldita para o próximo governador;
2) Conseguirá o apoio político momentâneo do qual precisa, para levar até ao final do ano seu mandato e, quiçá, ser lembrado em futuras eleições, para outros cargos que almeja alcançar.

Por essas e outras é que defendo o REAJUSTE LINEAR, ANUAL, EM ÚNICO PERCENTUAL, para todos servidores públicos, algo como o IPC, ou seja o que a inflação corroeu dos vencimentos. Enquanto esta lei não é aprovada, LEVA MAIS QUEM PODE MAIS, carreiras de pressão e de Estado como estas citadas, conseguem arrancar seu quinhão de benefício e outras, os chamados "carreirões" (a saber, a SEJUS, no DF, e o PGPE, no âmbito do funcionalismo federal) ficam esquecidos, tal qual nau à deriva, em mar bravio...

terça-feira, 16 de março de 2010

Senador Cristóvam - SALVAÇÃO DE BRASÍLIA (ESCRITO POR VLAD)

Pessoal,

Ontém, 15/3/10, vi o programa lá do Délio Matos, o chamado SEGUNDA OPINIÃO, que tem ido ao ar, toda 2a. feira, 0:30h, pela TV Brasília. O programa aborda questões sobre "de olho no trânsito", "direitos do consumidor" e sempre entrevista uma figura de destaque no cenário político, como o secretário de transportes, semana passada, e nesta, o Dr. Cristóvam.

Pois bem...sobre a pergunta "o Sr. vai se candidatar, se o Roriz for candidato"? Ele explicou detalhadamente: que gosta mesmo é de ser Senador federal, lutar pela educação, gestão na qual apresentou 112 projetos e teve 6 já aprovados (dentre os quais, o Piso Nacional do professor, a obrigação da união custear e dar vagas também para o nível superior, e não apenas nível fundamental, pois no mundo a prática é este e diversos outros). Mas que para evitar um mal maior, se o Roriz sair candidato, sem dúvida que ele será candidato. Pretende "reinaugurar Brasília", do ponto de vista moral-ético, inclusive ele defende que o governador poderia ser apartidário, apenas um bom administrador, sem obrigatoriamente ser vinculado a qualquer partido político. No bojo da 'reinauguração', ele defende leis e mecanismos que desencorajem os governadores futuros, se forem corruptos, de desistirem de se candidatarem, pelo arcabouço e alicerce de leis contendoras de corrupção, ou seja, nas palavras dele "se entrar ladrão, não conseguirá roubar, por ter que obedecer certas leis, dentre as quais, a LRF, que já existe e evitou muito roubo neste país".

domingo, 14 de março de 2010

A morte de Sansão 2008 (por Vlad Araújo)



SANSÃO

por Vlad Araujo


NAQUELE ALEGRE AMANHECER, nasceu Sansão. Filhote de uma ninhada de seis cachorros, dona Tereza ajudou em seu parto, como sempre fazia com seus gatos, cães. Pelo jeito desajeitado, a aparência forte, seu nome só podia ser Sansão. Mas em contraponto, Sansão era dengoso e espaçoso. Foi criado por vários anos, juntamente com um casal de gatos e sua mãe, Dalila. Curiosa, sua concepção: um dobermann vizinho, no cio, pulou uma tela de 1,5m onde estava Dalila, sua mãe, uma pastor alemão e concebeu Sansão e mais cinco irmãos. Forte e jovem, era elogiado por todos. “Sansão pega a bola!”, “Sansão passa pra casa !”, “Sansão vem comer”, Sansão, Sansão, Sansão...nome pomposo que enchia o vácuo.

O tempo passou...certo dia Sansão amanheceu doente, mal se firmava nas patas, foi levado a uma profissional e após prescrição de alguns remédios, voltou a andar, embora dali pra frente o fizesse somente como um caranguejo, meio de banda, e a passos vacilantes. Alguns meses depois, Sansão adoeceu gravemente. Por duas semanas perdera o apetite, apático ao mundo, permanecia deitado ou sentado, sentia dores, dona Tereza que o arrastava, agasalhava, limpava seu corpo e o espaço que este ocupava, pensou que fosse alguma fratura nas pernas ou costelas, pois ele mal se sentava apenas com a ajuda das duas patas dianteiras, as traseiras, inertes, inválidas em seu quadril. Sansão foi levado novamente a uma profissional que diagnosticou sua morte em breve.

Dona Tereza, que nos treze últimos anos vivera em sua companhia, se desesperou. Levando-o para casa, apenas acompanhou suas últimas horas. E lá estava ela, quando o velho sabujo, nos estertores da morte, apresentou falta de ar, sufocamento e não mais podendo, sucumbiu. Conta dona Tereza que sua amiga, Katy, uma cadela que nos últimos quatro anos passou a lhe fazer companhia na guarda da casa, veio se despedir, deu-lhe uma lambida no rosto e nos olhos úmidos, e assim faleceu Sansão, naquela idade própria dos cachorros que não vivem mais do que quinze anos. E dona tereza, que o trouxe à vida, ajudando no parto, também lhe acariciou e o acompanhou à morte.

NAQUELE TRISTE ENTARDECER, a garagem estava vazia, espaçosa, Katy sua amiga, também estava mais triste. De consolo, a certeza de que Sansão morreu de morte morrida, desígnio de Deus, velhice, e não de morte matada. Sansão foi continuar sua jornada de vida em outras dimensões, outros mundos.

DE AVÔ PARA NETO (by Vlad Araújo, aos 14 anos)

A COMUNICAÇÃO NOS DIAS DE HOJE (1983, aos 14 anos, no 1o. ano do 2o. grau, redação premiada no Elefante Branco)


O netinho, 6 anos de idade, entra na sala apressado, cabelos em desalinho e vai sapecando a pergunta:
- Vô, o que é TRANSAR?
O avô, até então concentrado na leitura de seu matutino, suspende os óculos sobre o nariz, encara o netinho e diz:
- O quê, onde você ouviu isto, meu netinho?
- Ora vô...onde quer que ser vá, se escuta isto, na rua,na TV, no colégio...
Ora, ora...veja só! No meu tempo, beijar a mão de uma senhora era gesto cortês, de cavalheiro, hoje quem faz isto é ridicularizado, cafona...
- Puxa vô, não enrola! O Senhor vai ou não me dizer que é TRANSAR?
- Transar é...bem...fazer transações, negociar, trocar mercadorias...
- Que legal, vô, então eu vou transar como Juquinha!
- O quê, como é?
- É...ele tem 10 bolinhas de gude e eu tenho 10 figurinhas, vou perguntar se ele quer TRANSAR nossas mercadorias!
- Este netinho...você vai longe, meu neto!
- Vou não, vô...a casa dele é aqui pertinho...!