sábado, 30 de novembro de 2013

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - A BOA HIPNOSE

(veja esta e outras publicações do Autor, em www.vladdf.blogspot.com.br) A verdadeira HIPNOSE, SEDUÇÃO - seja a de seu pastor, seu padre, seu animador de auditório, seu namorado, amigo, o vendedor, o professor - está em como as pessoas se reportam a você e em como te tratam. O que faz você permanecer horas no culto, na aula, meses com a mesma namorada, cada vez gostar mais da amiga, do programa de TV ou te leva a efetuar uma compra, passar horas num Grupo de Whatsapp, muitas vezes é decorrente da hipnose que estes ATORES exercerão sobre sua expectativa. Se elas te "contaminarem", positivamente, ótimo! As pessoas "contaminam" - seja para o bem, seja para o mal. Em um convento, as freiras, por exemplo, passam a menstruar na mesma data, pelo convívio regular e diário. Se você andar com más companhias, tem forte tendência a ser também como eles. Já dizia Charles Darwin "O homem é produto do meio ambiente em que vive". Bom, é preciso encontrar pessoas "inteligentes", e aqui, não se fala de faculdade, escolaridade. Mas inteligentes no sentir, no agir, no ouvir, no conviver e no aprender (a chamada inteligência emocional) - pessoas burras ou pobres não têm sensibilidade, sequer um sorriso, um carinho, um gesto para doar, são rancorosas, egoístas. Na seara da INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, HÁ MUITOS DOUTORADOS ANALFABETOS,E HÁ MUITOS DE INSTRUÇÃO BÁSICA, QUE SÃO GÊNIOS (por exemplo, Aleijadinho, Cora Colarina...). As pessoas estão se graduando muito no conhecimento racional e cognitivo, e o conhecimento emotivo está involuindo (você não precisa estar a fim de um rapaz para sorrir para ele; não estará sendo oferecida, se lhe telefonar, ou convidá-lo para algo, mas apenas prestigiando a companhia - se este rapaz for um inteligente emocional, captará perfeitamente, se você apenas quer uma boa e confiável companhia, ou se tem algum interesse nele; uma mulher também não estará dando mole, se tira um rapaz para dançar - precisamos remodelar a forma de pensar; mas claro, uma mulher deve dar sua intimidade, para quem a a mereça e não a confunda, saiba discerní-la. Certa vez, num programa de TV, uma senhorinha, viúva, nos grotões do nordeste, bem alegre, contou que criou seus filhos vendendo rendas e bordados...e ela disse "Eu sou pobre, mas feliz; aliás, pobre não, no momento, desprovida de bens materais, pobre, não! Miserável é a pessoa que não tem um sorriso, um bom dia para dar às outras!!" - CONCORDO PLENAMENTE COM ELA. E QUE LIÇÃO MAGISTRAL ESTA SRA. NOS DÁ! Assim, SER FEIO, POBRE E BURRO, é quase a mesma coisa, pela minha ótica...Ninguém e tão pobre que não tenha nada para dar, nem tão rico que não tenha algo a perder, nem tão feio que alguém não possa achar bonito. De nada adianta você se focar num corpo e num rosto se, quando você for conhecer alguém, não trouxer o bom espírito, a beleza real que de fato encanta, desperta desejo e motiva o convívio regular ou te faz perder as horas, em companhia de tal pessoa! Se você apenas se aproximar e relacionar-se com pessoas pelo dinheiro, interesse ou status, acabará como elas - que apenas têm junto a si, os falsos bajuladores, não os verdadeiros amigos!

O ROSTO DA BONDADE (por Vlad Araújo, Out/2009, publicação no blog www.vladdf.blogspot.com.br)

Naquela manhã, esquecera a luz interna ligada do carro, de modo que a bateria arriou. Até que na pista em frente ao portão, vinha aquele senhor, com um saco nas costas, barba branca, pele de jabuticaba, a imagem de todos bons velhinhos que conhecemos. Pedi-lhe ajuda, empurra daqui, dali, o carro pega. Desci o declive e aquele senhor já se punha novamente em sua marcha. Mais que um dever, ofereci-lhe carona, ao que ele disse “Ah, se o senhor me der, fico muito gradecido, é um pedaço bom que não vou caminhar”.

Conversa vai, conversa bem, diz que que de Vitória da Conquista/BA, veio em 1959 para a capital, há 50 anos não via os irmãos, nem a mãe, que hoje tem 83 anos. Juntou-se com uma mulher, se separou, mas esta lhe tomou o lote dado pelo Roriz, “o senhor sabe, como um cabra pode ser besta assim, colocar lote no nome da mulher que nem conhece!”. Depois disse que conseguiu ganhar outro, graças a Deus. Perguntei-lhe do que vivia “trabalho na torre de TV, de 5ª. a domingo, com artesanato. Este saco aqui ta cheinho de folhas de uma árvore que faço uso nos adornos!”. Com meu urbano e pouco conhecimento, acertei uma “Ah, sei igual aqueles adornos que vendem ali perto da Catedral, trabalho daquele jeito,né?” “Isto mesmo, disse ele”. Depois já que a conversa era assistencialismo do governo, elogiou e falou bem do Lula (no que concordo), disse que o bolsa família tirou muito mendigo lá da Bahia das ruas, que carregavam um bisaco e seu destino incerto, lhes deu dignidade, alimento, e até um barraquinho construído, “o único governo que realmente olhou pela pobreza”, disse ele.

Chegando 2 km adiante, na pista, perguntou pra onde eu ia, “perto da rodoviária”, falei. “Então o Sr. Me deixa lá, melhor ainda, vou sentado no ônibus!” Figura boa, gente de astral bom e simples, lembra aqueles velhinhos que mascam fumo, pitam cachimbo e tantos nos enternecem quando vamos no interior,com suas histórias. Fim do trecho, rodoviária, lá se vai ele, agradecendo – e agradecido, fico eu! – descendo do carro. Me dei conta que nem perguntei seu nome. E naquele dia de calor desarvorado, agoniante, conhecer aquele senhor me deu um refresco na alma

"EU VOU BOTAR A FILA PRA ANDAR" (abr/2011 - por Vlad Araújo, publicação no blog www.vladdf.blogspot.com.br)

De anos para cá, as pessoas batem no peito para dizer " a fila anda", como se isto fosse uma virtude, e não um defeito. Há também outros dizeres "Homem/mulher é como biscoito, vai um, vem oito", "Minha vida afetiva é um monólogo, mas com participações especiais!", “Solteira(o) sim, sozinha(o) nunca!”. Será que, sobretudo a mulher, quando diz isto, não vê que está se vulgarizando, que é como se dissesse: "Ah, não fico sem ninguém, não sei ficar só, sou danada mesmo!" ??? Oras, de certo que há pessoas falsas, mentirosas, frias, que de fato não merecem nosso luto afetivo. Mas pensemos pelo outro lado: porventura os namoros infrutíferos não o são justamente porque as pessoas não têm namorado por gostar, por sentir, mas somente porque "a fila andou". Às vezes, é necessário malhar o coração...assim como quando você malha numa academia e descansa um grupo de músculos, e no outro dia, malha outro grupo distinto, dando repouso ao grupo de músculos malhados, assim também é a malhação do amor...ela requer um repouso, entre um "fitness afetivo” e outro. Sobre pena de entrarmos em "overtraining" do amor. Oras... e porque não "colocar a fila para andar", sempre? Pois bem, quem disse que vivemos apenas para prazer e alegrias? As pessoas precisam também se recolherem, meditarem, sofrerem, pois há "prazer" nisto. Não me tenham por sádico, não, explico: quando você vê um filme romântico, um drama, ouve uma música, e se emociona, e se compadece, ou chega a chorar, aquilo não esvazia sua alma carregada? Estas lágrimas sejam físicas ou interiores não te deixam mais leve, depurado? Ou mesmo, quando se ajoelha perante Deus, ora e se compadece e se liga com ele? Pois é...raramente aprendemos algo nos arrabaldes da alegria, mas sempre aprendemos na dor. Então, pessoas (e eu também, risos, pois não vou me intitular um 'santo'), antes de pensarem somente em "colocar a fila para andar", pensem também em "colocar a mente para pensar e perdoar". Afinal, brigar você briga até com Deus, com seus pais, seu filho,amigos, julgue as pessoas pelo atacado,não pelo varejo. Discutiu,debateu, explodiu, tudo bem...naquele momento, apenas, não precisa ser um hiato eterno. Quando penso em "botar a fila para andar", me vem à cabeça aquele filme de Charles Chaplin, chamado TEMPOS MODERNOS, onde ele faz uma crítica à industrialização e mostra setores do departamento de uma fábrica onde um grupo aperta parafusos, outro aperta as porcas etc, montando o circuito em série... Mas uma hora - assim como na película do mestre Charles Chaplin - lembremos: o parafuso espana, a porca fica gasta e as roldanas da engrenagem empenam!