sexta-feira, 13 de outubro de 2017



MENTIRAS QUE NOS CONTAMOS TODOS OS DIAS
(publicação no blog do autor www.vladdf.blogspot.com.br)

Sabe-se que o ser humano mente por:
Preservação da espécie, evitar dor sua ou do próximo, benefício próprio, por gentileza ao próximo ou por falta de caráter.
Mas há um tipo de mentira que praticamente toda a sociedade mente para si mesma, todos os dias.

O homem usa um cheiro que não é o odor natural - perfume

A mulher usa uma boca que não é a sua, natural - batom, gloss

O homem usa um cabelo que não é o seu - peruca (não vale aqui o implante, pois implante se torna cabelo natural, diferente da peruca).

A mulher usa uns cílios que não são os seus - cílio postiço.

Os cigarros trazem (traziam) imagens de esporte, de vida ao ar livre, de sucesso. Mesmo após o governo colocar fotos reais de pessoas doentes nas carteiras, eu vi muitas pessoas comprarem uma carteira de couro para colocar seus cigarros (é a mentira de si para si mesmo).

O ser humano usa também usa cintas, ligas, calcinhas com enchimento, para criar um corpo que não é o seu. Agora me recordo da piada do Ary Toledo, na qual um bêbedo foi com uma mulher para a cama. Quando ele vai tomar banho, ela aproveita e tira o olho de vidro, a dentadura, coloca a perna mecânica sobre a penteadeira, e o bêbedo retruca "Não precisava abrir tanto!".

Os animais...estes são naturais. O único ser vivente que mente para si mesmo é o homem.


Recordei de duas namoradas que tive. Uma só me contou após algum tempo que usava um aplique e outra que usava um aparelho de surdez  - esta última, muitas vezes quando saíamos, "fingia" compreender o que alguém lhe falava de certo lado, do ouvido que não era bom.  Eu me perguntei "ñão seria melhor ela levar isto na esportiva, e falar - gente, pode gritar kkk...deste lado aqui eu sou mouquinha, por uns medicamentos que tomei".? Mas mantive a coisa em segredo, e como adoro um pescocinho feminino, até gostava de ter que lhe falar mais a pé do ouvido, às vezes aproveitando e beijando-lhe a nuca!

Já a do aplique, em nada alteraria, o fato de ter gostado dela (a sensualidade e seu tempero foi o que me falou mais alto nela).

Talvez mesmo o seu cérebro minta para você. Quando você sofre um baque violento, algo que atentou contra sua vida, como um acidente, você não se lembra, ao acordar, como tudo ocorreu. Mas você lembrará das últimas férias que passou no litoral afrodisíaco, com a família :-)